quinta-feira, 20 de agosto de 2015

MORO DIZ QUE LAVA JATO NÃO É ‘SEBASTIANISMO DA SALVAÇÃO NACIONAL’

Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, disse nerta quinta-feira, 20, que ‘não se pode pensar que a corrupção é responsabilidade exclusiva do poder público’. Ao falar para uma platéia de advogados, em São Paulo, ele afirmou. “A iniciativa privada, com dinâmica própria, tem muito mais chances de mudar rapidamente do que o poder público. A corrupção não é uma responsabilidade exclusiva do poder público. Se for assim não vamos avançar muito porque o poder público, todos nós sabemos que, em geral, é ineficiente.” Moro avalia que o poder público ‘se move muito vagarosamente’. O juiz da Lava Jato participou do 5.º Simpósio de Direito Empresarial, promovido pela Aliança de Advocacia Empresarial (Alae), em São Paulo. “Na corrupção há dois criminosos. Aquele que paga e o que recebe.” Moro considera que a Lava Jato – maior investigação sobre corrupção no País, envolvendo cerca de 50 políticos – surge como uma importante oportunidade de mudança, mas fez um alerta. “A mudança não acontece sozinha. Depende em parte do poder público e também da iniciativa privada’. Ele fez uma comparação do sistema criminal brasileiro com o italiano. Comentou sobre as consequências da ‘Mani Pulite’, a famosa Operação Mãos Limpas que a Itália desencadeou nos anos 1990. O juiz da Lava Jato tem sido criticado por advogados criminalistas porque já mandou prender mais de uma centena de alvos da grande investigação que já saiu do âmbito da Petrobrás e avança para outras estatais. “Me criticam pelo número de prisões preventivas, mas só em Milão foram oitocentos presos.” Leia mais no Estadão.
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